Para aqueles que não sabem, já estou morando em Berlim! Cheguei aqui no dia 20 de Setembro, há quase 10 dias, e essa vinda para cá é o maior motivo desse sumiço meu aqui do blog. Eu nunca imaginei que uma viagem dessas sugasse tanto nosso tempo e paciência. Arrumei um milhão de coisas desde que o mês de Setembro começou (além da própria formatura), além de continuar arrumando muitas coisas desde que chegamos aqui. O que está mais difícil, além da língua alemã, é claro, são os apartamentos que estão ficando cada vez mais raros de se encontrar, principalmente os com preços mais camaradas. A saudade também aperta, mas estamos na busca e se Deus quiser tudo vai se resolvendo.
Enquanto isso, aproveitando que estou tendo um tempinho, já vou começar a contar o que já andei vendo e percebendo por aqui. Quando se sai do Brasil e cai de “para quedas” na Europa, é muita coisa que a gente nota – e estranha – por ser tão diferente. Como todos dizem, e é a mais pura verdade, é outro mundo. Os costumes são outros, a culinária é outra (apesar de eu encontrar quase tudo que comia no Brasil, depois falo melhor disso), o funcionamento da cidade em si é outro. Vou contando tudo aos poucos aqui no blog.
A primeira coisa que eu queria ressaltar, e uma das coisas que mais me chamou a atenção, foi a forma como os alemães tratam os cachorros aqui. Aí no Brasil vemos com frequencia cachorros pelas ruas mal tratados, machucados, desnutridos e sem donos. E geralmente ninguém dá a mínima para isso. Aqui, pelo contrário, não me lembro de ter visto um cachorro de rua sequer. São todos muito bonitos, sadios e felizes acompanhados por seus donos. Já me disseram, inclusive, que muitas vezes a pessoa, quando necessitada, deixa de gastar com ela mesma para tratar do seu melhor amigo do peito. No supermercado então há dois corredores destinados somente a eles, com os mais variados tipos de rações, brinquedinhos, coleiras, camas, produtos para higiene e remédios.
Ontem estávamos Tiago e eu andando de metrô, quando entra um homem seguido de dois cachorros, um até bem grande – Labrador, se não me engano – e um menorzinho, que não identifiquei a raça. E detalhe, estavam ambos sem coleira, soltinhos da silva! Eles entraram, e o homem ficou em pé, por falta de lugar. Consequentemente os dois cachorros sentaram-se no chão, sendo que um deles no caminho por onde as pessoas passam para entrar e sair do metrô, e ficaram quietinhos. Absolutamente ninguém mostrou se incomodar com os cachorros, tanto pelo fato de haver cachorros dentro de um metrô, quanto pelo fato de um deles estar no caminho. Tiago ja havia me falado que os berlinenses aceitam cachorros dentro do metrô, e eu realmente já havia-os visto em coleiras, com mordaças e até no colo das pessoas. Mas soltos dessa forma foi a primeira vez! E por incrível que pareça, uma nova amiga daqui me disse ontem que quem quiser transportar seus animaizinhos de estimação precisam pagar um tícket para eles também. Segundo ela há a opção “Animais” na máquina de compra dos tíckets. Vibrei com essa novidade.
Penso que os cachorros mereciam ter esse tipo de tratamento em todo o mundo. Muitos acham que não, mas só quem tem um cachorrinho em casa sabe como eles também possuem sentimentos, como eles gostam da gente sem querer nada em troca, e como, principalmente, nos fazem muito bem!
Parabéns aos alemães! 1 x 0
Em breve mais uma curiosidade de Berlim =)
Até breve!
Aviso aos Navegantes: Estou lançando um blog sobre minha vida e do Tiago aqui em Berlim, com dicas, lições de aprendizados nossos e tudo sobre essa cidade linda! Mais uns detalhes e estará no ar! Venho deixar o link aqui =)