Hoje eu vou juntar meu cansaço com uma letra de música que ouvi esses dias e fiquei com ela na cabeça. Como assim? Vou explicar! Desde que me entendo por gente, tenho casa de campo aqui no interior de Minas Gerais! Nada sofisticado, apenas um sítio onde passava todos os meus finais de semana (ainda vou para lá, mas não em todos os finais de semana), com os pés na terra, cercada de bichinhos como formigas e cigarras, e pássaros cantando do amanhecer ao anoitecer, além de sapos e grilos na hora de dormir. Para alguns pode parecer programa de índio, mas eu vou falar o tanto que ir para uma casa de campo no interior descansa! Não só por sairmos da rotina de cidade grande, onde precisamos do carro pra tudo, além de enfrentar situações estressantes como trânsito ruim, businas e poluição, sem contar aquela visão constante de prédios e cimentos; mas também por ter contato com a terra, com o verde, com os animais e o silêncio. Nossa, geralmente sinto falta do interior, mas hoje especialmente me deu mais saudade ainda! Não vou esconder que adoro viver na cidade grande, cercada de tecnologias, mas como é gostoso um aroma do campo. Volto muito mais relaxada para Belo Horizonte após uns dias lá!
A música que ouvi por esses dias é do Sérgio Reis, mas escutei ao som de Fagner. Chama-se Estrada de Canindé. Para quem não sabe, Canindé é uma importante cidade do interior do Ceará, e fica a 108km de Fortaleza. Li sobre ela e achei interessantíssimo, tanto que merece um post só pra ela, depois! Agora vou colocar a letra aqui para vocês. O português é de interior, mas os dizeres passam a mais pura verdade, de como é uma delícia o contato com a natureza! Vejam:
Estrada De Canindé
Sérgio Reis
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e uma cabocla
Cum a gente andando a pé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé
Artomove lá nem sabe se é home ou se é muié
Quem é rico anda em burrico
Quem é pobre anda a pé
Mas o pobre vê nas estrada
O orvaio beijando as flô
Vê de perto o galo campina
Que quando canta muda de cor
Vai moiando os pés no riacho
Que água fresca, nosso Senhor
Vai oiando coisa a grané
Coisas qui, pra mode vê
O cristão tem que andá a pé
Eu acho essa letra fantástica, e recomendo a todos ver o orvalho beijando as flores, enquanto se molha os pés nos riachos! Faz bem para a mente e saúde.
Assim também é no lindo interior de Minas Gerais!
Ahhh, já ia me esquecendo! A foto acima é justamente do meu interior que tanto amo, onde fica o meu sítio! Dá para relaxar só de olhar a foto, não é?
Despeço-me com ainda mais vontade de ir para o campo! =)
^^
Daisy Moura disse:
Linda a letra da música. Retrata o interior, o chão de terra, a roça. Animais, gente simples levando a vida tranquilamente. Um cantinho no interior pra curtir a natureza. Muito gostoso!