É Dezembro, dia 22, quase véspera de Natal, e o mundo se prepara, enfeitando suas casas, comprando presentes e viajando de férias ou para casa, visitar a quem se ama. Na teoria é isso o que deveria acontecer todos os anos, sem maiores problemas, mas na prática, todo esse processo torna-se bem complicado. Essa complicação deve-se, além de ao grande movimento de fim de ano, às condições climáticas de cada hemisfério. Enquanto no hemisfério sul o calor é quase insuportável, no hemisfério norte as nevascas são sempre dignas de se parar o trânsito, literalmente. Não só o trânsito, como também aeroportos e ferrovias, atrasando a vida de todos que querem ou precisam viajar. Já as chuvas acabam atingindo várias cidades pelo mundo, e também causam transtornos.
Estou na cidade de Belo Horizonte, preparando-me para o Natal, e isso inclui andar incessantes horas pelas ruas ou shoppings, à procura do que comprar. Porém, qualquer cristão há de convir comigo que fazer isso, sob uma temperatura de no mínimo 30 graus, é praticamente insuportável! E nas últimas semanas, essas andam sendo as condições climáticas aqui no Brasil. Aqui em Belo Horizonte está tão abafado, que tem horas que nem um ar condicionado dá conta. É aí que vemos as pessoas com dor de cabeça e com mal estar, devido ao calor horrível. Isso acaba tirando o humor de cada um. E é nessa época do ano que nós, típicos Brasileiros, costumamos procurar a praia mais próxima e tentar amenizar a situação, com menos roupas e água fria por perto. Mas há também os brasileiros que não suportam calor de jeito nenhum, e querem porque querem fugir o mais rápido possível para o hemisfério norte, curtir uma neve nas férias e se agasalhar, como manda o figurino. Quem sabe até aprender a esquiar.
Bom, aí começa um outro tipo de problema… nem sempre os que querem se refugiar nos países nórdicos conseguem, já que as tempestades de neve, comuns nessa época do ano, acabam bloqueando pistas de aeroportos e outros meios de transporte, fazendo com que ninguém entra e ninguém saia deles. Quem está acompanhando as notícias da europa, por exemplo, está vendo que passageiros andam dormindo em camas improvisadas nos aeroportos, devido a cancelamentos de vôos por causa do mau tempo. Centímetros consideráveis de camadas de neve se acumulam em pistas, ferrovias e estradas, tornando os percursos mais perigosos e muitas vezes, impossíveis de serem realizados. No aeroporto internacional de Frankfurt na Alemanha, por exemplo, o aeroporto chegou a ficar completamente fechado, com passageiros dormindo no local, e uma multidão tumultuando o saguão. Assim ocorreu também nos aeroportos de Londres e Paris. Quem queria viajar para reencontrar a família no Natal, acabou se atrasando ou tendo maiores aborrecimentos. E quem queria vir para os países do sul para fugir das tempestades de neve, e para aproveitar o calor acolhedor aqui do Brasil, por exemplo, acabou tendo muitas dificuldades para chegar até aqui. E para quem ficou por lá mesmo, acredito que teve dificuldades também de sair pelas ruas em busca de enfeites e presentes.
Já aqui no Brasil, além do calor forte e insuportável, temos também as famosas e intensas chuvas de verão que ocorrem ao final do dia. Elas costumam ser um problema, pois alagam bairros inteiros, avenidas e chegam até a provocar deslizamentos de casas localizadas em locais mais altos, acabando com a vida e os sonhos de toda uma família. Um exemplo desse tipo de transtorno que virou tragédia foi o que aconteceu no último reveillon, em Angra dos Reis/RJ. O excesso de água acumulada na terra provocou o deslizamento de um barranco em cima de uma pousada, matando vários jovens.
Fim de ano, apesar de ser uma delícia, costuma ser um caos em todos os lugares, e cada um tem seu típico problema, que está de acordo com sua localização geográfica. Mas apesar dos poréns, fim de ano sempre trás uma áurea especial, e conseguem nos deixar, por incrível que pareça, mais pacientes e ansiosos para a chegada de um novo ano!
Tiago disse:
Excelente texto. O extremo climático é realmente insuportável, espero que possamos controlar as emissões para que isso não se torne padrão.
Roberta von Zastrow disse:
Obrigada por mais um comentário, Tiago! Realmente esses extremos climáticos são, de certa forma, culpa da humanidade. Quem sabe ainda podemos reverter, não? 😉